quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Existem coisas que não dão pra explicar



Existem coisas que não dão pra explicar
Existem coisas que não dão pra ficar sem

Às vezes eu penso que seria tudo mais fácil
Se eu fosse simplesmente normal

Minha sede, meu anseio me avançam...
Então a gente se descobre um pouco mais
Vê longínquas nossas dimensões, nossa loucura.
Não dá pra viver sem aventura...

Não dá pra ficar sem... Sem amor
Sem minha amada menina e sua companhia
Não dá pra olhar o mundo sem ver a Ternura
Você está em todo lugar, está em mim...

A aspiração da alma é voltar a sua Essência
É renascer depois que a realidade a mata
Oh Vida, ressurja como luz no negrume
Não deixe a rotina suprimir, nem debelar o nosso amor...

Mais fácil entregar-se a conjuntura centúria
E traçar caminhos que não são do coração
Mas minha alma almeja a vida e seu Fadário...
E enlaçar-se com Amor perene...

Temos mil argumentos para uma vida medíocre
Tenho uma razão pra viver de verdade, a Vida!


Daniel Babugem

sábado, 24 de novembro de 2007

Megafone e ilusões




Você está preso a ilusão
Algo veio desperta-lo
Colocá-lo face a face com o Universo real
O Megafone grita ao seu ouvido
Um terrível som de Quem o ama

Não restam dúvidas...
Este grito o deixa surdo de vez
Ou finca no teu peito rebelde
A bandeira do arrependimento

Será que todo Sofrimento
Não o fará perceber que alguém tem algo a lhe dizer?
Vê se cede e aceita logo a “charada”
Enquanto a dor vai dissipando a fantasia de que está tudo bem
E despedaçar a ilusão de que temos tudo que precisamos

Não tenho e nem sou tudo o que quero
Sou apenas um viajante em busca da verdade

Ah..., quando eu Te encontrar!
Qual será minha reação?
Estou a Sua procura, não perco a esperança
Alguém tem informação sobre Seu paradeiro
Para eu a tatuar à minha alma?

Você ainda nos encontrará em alguma esquina
Arrebatando-me no imprevisto da enorme saudade
Ou até a morte...


Daniel Babugem

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Vermillus!



Vermillus, vermillus!
O que é vermelho?
Seria a nuança da volúpia?
Seria a matiz de uma revolução?

Cor-luz primária, infravermelho...
Pigmento secundário...
Tom da paixão, da brasa ardente...

Impossível viver sem vermillus!
Será possível viver sem sangrar?
Tomei do mosto rubro fermentado no Calvário!

A cambiante que faz a Terra girar
Em torno da nossa sangria diária
Certo é esperar sua traição!

Seu brilho é dourado aos cegos
E quando se abrem os olhos, sugada a vida foi
Nossa historia, escrava da sangria

A morte e a vida
Convergindo no sangue
A cor de tudo isso?
Vermillus!
Daniel Babugem

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Bolsos vazios



Mesmo que eu seja...
A pena do pardal...
A folha da árvore...
Não caio ao chão...
Por acaso... Você cuida de mim

Não subestimo o valor das minhas atitudes
Você está apostando em mim
E tem gente querendo meu tombo
Em minhas culpas mais recônditas

Eu só quero saber...
Se a minha existência incomoda
Eu só quero saber se Você em mim
Causa alguma mudança pra alguém

Eu só quero saber...
Que me odeiem e me amem!

Eu só quero saber...
Que despojado de tudo
Só me reste à liberdade
Para te amar em Teu silêncio
E com Teus bolsos vazios
Daniel Babugem

Quem foi que lhes deu manto?



Sacerdotes e reis falsos
Quem foi que lhes deu manto?
As águas do Eufrates
Devastarão os seus templos luxuosos

A sua lascívia será escárnio para toda nação
E as águas chegarão ao pescoço dessa gente perversa

Não me mandem calar os lábios
Nem a voz de indignação que há em mim
Não ousarei em tocar em ungidos do Amor
Da mesma forma não me falta coragem
Pra encarar os estupradores de mentes

Continuem criando receitas mágicas
Vocês irão muito longe...
Pra muito longe de Deus

Remanescentes, santas sementes de amor e paz
Não se calem!!!
Estes promíscuos da fé que devem temê-los
Os humildes sim, são ungidos de Deus...


Daniel Babugem

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Crucificação contemporânea de Cristo!


Crucificação contemporânea de Cristo!

E disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; E ninguém vai ao pai se não por mim.

Refletindo sobre os desentendimentos entre Jesus e o judaísmo, sinto o nosso presente traçando um paralelo com o passado através da crucificação contemporânea de Cristo!

Da mesma forma em que a conjuntura religiosa de 2000 anos atrás procurou “assassinar” Jesus, o preceito religioso atual distorce e assassina Seus ensinamentos.

Se Cristo é o CAMINHO e as instituições têm feito os perdidos mais logrados ainda, porque pior que a ciência de estar confuso é estar enganado a respeito de uma “certeza”, estão escurecendo, sendo tropeço e morte para os sedentos não encontrem a diretriz espiritual.

Se Cristo é a VERDADE, somente Ele, por que essa bandoleira religiosa insiste em afiançar que diluindo três gotas de verdade em uma imensidão de mentiras torna suas aberrações em Evangelho? Por isso estão crucificando Cristo no sentido de desvirtuar o que Ele realmente é, a VERDADE!

Se Cristo é a VIDA, e se da vida não provem morte, o sistema que gera morte logo se mostra morto (sem falar nas guerras santas), o que me faz pensar, porque não somos idiotas “seu bispo”, que as religiões estão mortas! Fudidas, melhor dizendo!!!
O Cristo que conheci no submundo do cristianismo, o mesmo que encontrei nas latas de lixo dos santuários, por fim, destruiu o templo e o reergueu ao terceiro dia, o fez para que eu tivesse vida! Uma vida que procura o bem e as boas coisas pra esse mundo e o do porvir, ao invés de me lembrar do que não posso fazer, do que é errado e etc... Todo esse stress religioso, uma caça ao mal, só nos afasta do bem!
Quando o conceito de Vida é desfigurado, estão matando Cristo, pois Cristo é VIDA!

Há um abismo muito grande entre a igreja dos templos luxuosos e a Igreja de Cristo, entre a simplicidade e a jactância... Caminho e confusão; Verdade e mentira; Vida e morte!

Daniel e Kamyla Babugem.

Foda-se



Foda-se a ditadura da beleza
E do status luxuriante...

Foda-se quem se acha melhor que os outros
Foda-se a idéia do “ter” maior que o “ser”

Fodam-se os oportunistas
E ludibriadores dos simples de coração

Foda-se as “boas novas” da ganância capitalista
Foda-se a diluição das verdades no meio da hipocrisia

Dá pra conviver? Sim, dá...
Mas, não dá pra calar a voz
Diante da charlatanice que se esconde atrás “caridade”

Os santuários continuam caiados
E o mal é afetuoso ao coração
Este mal coexiste comigo
Que o amor me livre da maldição

Que o amor se oponha à animosidade
Dos pedófilos do “em nome de deus”
E dos estupradores da espiritualidade alheia


Daniel Babugem

sábado, 17 de novembro de 2007

Assim esqueço um pouco...


Está tudo deformado...
Eu não me vejo...
Eu não sei quem sou...

Vejo o meu reflexo na charneira
E tento uma maneira, muitas mentiras...
Esconder minha vergonha

Tento mostrar pra mim, mostrar pro mundo...
Mas não olhe nos meus olhos
Você vai descobrir a verdade sobre mim

Fui abusada... fui usada... somos todos violentados
Estuprados pela falta de amor
Pela incompreensão insensível do conluio

Fui desfigurada pela minha volição
Acorrentada a minha culpa

Mas tenho que ser gostosa
Tenho que continuar abrindo as pernas
Tenho que ser aceita
É assim que a noite gira
Assim são minhas amigas
Assim esqueço um pouco...
Que sou vazia...

Daniel Babugem

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Somos tão iguais...




Estamos nos mesmos lugares
Nas praças e nas ruas...
Usando e fazendo coisas comuns
Dividindo o mesmo ar...
Como qualquer um

Somos tão iguais...
Trabalhamos e divertimos,
Amamos e odiamos...

Assim,
Você e eu, somos nós
E simplesmente dois, três, quatro...
Números frios,
Incapazes de descobrir
Sua anemia interior...

Pois toda a luxúria da humanidade
Todos os aditivos deste século
Nunca te levaram a um orgasmo de verdade
Você nunca fez amor com o sexo
Mais uma meretriz na multidão das garotas
Mais um infeliz
Daniel Babugem

Encontro...






Como é bom se encontrar...
Em um belo romance e intimidade

Como é satisfatório...
O deslumbrar de um milagre
A realização de um grande sonho...

Belo, encontrar a pessoa
Que você amará pra sempre

Belo, mais ainda, encontrar um Deus-Pai
Um Deus-Irmão, um Deus-Presente!

Esplêndido, encontrar uma família
Que haja amor, apoio...

O que posso chamar de um Encontro?!
Eu tive um encontro?

Eu terei um encontro com a morte
Eu terei um encontro com a vida
Eu já tive os dois
E meu maior esforço
É me manter vivo e morto

Se já tive um grande encontro
Eu ainda não sei...
Porém, todas as coisas que já encontrei
Foram nos meus maiores desencontros

Todos os meus desencontros
Convergiram nos encontros
Com aquilo que eu mais queria

Encontro...
Talvez o filho do desencontro!
Ou será o poder de um Deus...
Em transformar todo nosso fracasso
Numa realização?!
Daniel Babugem

Quando eu sair deste lugar



Quando eu sair deste lugar
Pisarei as folhas da tempestade
Que caíram sobre minha cabeça

Ouvirei o estalar das cascas secas
Esmagadas pela jornada que trilhei
Pois meus passos descobriram o Caminho

Quando eu saí da velha Floresta das Trevas
Eu passei a viver os Contos e Sonhos
Não somente ouvi-los
Mas viver como aguerrido

A poeira que acumulou no meu exterior
Os traços e cicatrizes da Guerra do Caminho
Tornar-se-ão como o intenso fulgor do farol
Que ninguém mais ofuscará
Quando eu sair deste lugar

Não há manuais, não há placas na alameda...
Ninguém soube ensinar o fadário
Que sempre foi meu, somente meu...
Quando eu entrei neste lugar

Eu bebo a água da Caverna
Onde viveu o guerreiro das harpas e canções
Quando a fenda das rochas da gruta
Não conterem esta luz


Daniel Babugem

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Decepcionados com os jardins “sagrados”...



Decepcionados com os jardins “sagrados”...
Decepcionados com os carvalhos
Que amavam e apreciavam...

A morte e a vida no mesmo lugar...
O amor e indiferença tentam dividir alguém
E são tão imparciais, querem tudo, tudo!
Não sabem dividir dois membros...
Não sei como meus olhos ainda olham a mesma coisa

Pecados vermelhos escarlate
Ensangüentando alma alva...
Doces virgens de sorrisos cândidos
Não se prostituam com o ego, nem com ninguém...

Oh minha alma, dê-me sua mão...
Saia do teu túmulo caiado
Tome sua cruz, retome sua sina...
Pois eu preciso disso, e todos também

Seja sã, oh alma...
Seja livre...

Daniel Babugem

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Não estou no acaso



Me trate mal...
Seja áspera o tanto que quiser
Eu não vou desistir de você

Me assuste com suas reviravoltas
Tente gerar desespero em mim
Com somente uma de suas surpresas

Não faz mal...
Em suas esquinas sem ângulos
O que me espera ao cruzar?

Pode não ser como o planejado
Nunca se prevê uma colisão
Nunca se prevê uma perda de si

Numa dessas inesperadas, oh Vida
Eu perca algo de mim por algo de Alguém

Não estou no acaso
O acaso ou o tal destino
Não vão me proteger...

Minha vida...
Não está nas mãos da coincidência
Minha vida está nas mãos
De Alguém maior que a vida, maior que eu
Daniel Babugem

Impostor que sou...


Tão perturbador é o impostor que sou...
Meus próximos nem eu
Conhecemos seus fracassos e mentiras...
Viventes na calidez do meu interior...

Não digo a verdade de quem eu sou...
A minha imagem os convenceu de que sou bom...
Mas, não convenceu a mim e nem a Deus...
Meu ego explora verdades para me enganar

Não sou mal ao ponto do desprezo
Nem bom o bastante a ser capaz de amar

Mas na calidez interior que sonha
A Sua parte em mim...
Conhece meus fracassos e mentiras
Você pode ver a minha alma sem mascaras
Você sabe quem eu sou....
Daniel Babugem

Casinha de bonecas




Casinha de bonecas

Ele queria se mostrar...
Ele queria te encontrar...
Expor que se preocupa muito com você

Você se acha tão real
Acha seu mundinho infalível
Por estar apoiado nesta realidade fútil

E mesmo tão anódino
Alguém se rebaixa
Tentando caber numa casinha de bonecas
Só pra estar com você

Você ostenta suas descobertas
Suas conquistas, um metido a sabichão
Mas é tão frágil...
E tudo não passa de um belo castelo de areia

Toda sua prepotência...
Não passa de uma soberba adolescente
Desdenhando de quem te ama, tão infantil...
Você ainda vai fazer biquinho!

Ah, se eu mostrasse apenas
Um dedo do meu mundo...
Você saberia o que é real!
Ou bastaria um mistério
Da casinha de bonecas, que eu mesmo fiz
Pra te ver prostrado...

Eu só queria estar com você
Fui nuvem no dia
Coluna de fogo à noite
Trovejei nos céus, abri o mar...
Mas pra você, espetáculo de circo

Não me mostrarei mais assim
Pois tudo isso não tem valor
Se você não estiver comigo...
Daniel Babugem

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Pra encontrar amor




Você não precisa de religião
Pra encontrar Deus...
Você não precisa de sexo
Pra encontrar carinho

Policia não traz segurança
Educação e sistema, caráter e vida

Só o Amor traz paz ao coração do homem
E só na Arvore destes frutos há alegria

Pais, criem filhos que sejam amantes
Filhos, cuidem dos idosos, mas, por amor

Só o amor pode mover as montanhas
Que a fé por si só nunca moverá...

A busca do jovem casal pelo amor
Que para o velho casal ainda é uma novidade
A ser descoberta paulatina em sua dimensão

O amor que transa com amor, com seu único amor

Vocês não percebem que há algo errado?

O amor é o gueto certo
Só assim vale a pena de viver ou morrer...
Daniel Babugem

Santas Sementes de Paz

Absolva o corrupto
E negue justiça ao inocente

Profetas seja a voz do ego do povo
Líderes seja a tua obra para os ricos

Que entrem em transe os insatisfeitos
Os revoltados, santas sementes da paz
Sejam plantados em meio ao inferno humano
E que as sobras de teus galhos
Anuncie amor aos que estão debaixo deles
Profetas do amor...

Abram as nossas bocas
Para quem não abre um livro
Desnudem a verdade
Pra quem nada percebe

A cura e a coragem
Estão na caverna de Adulão

Ali recomeça a saga de quem se perdeu na busca pela verdade
O reinício da saga pela verdade...

Daniel Babugem