terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sem se sentir vadio



O que você está tentando vender?
O seu sorriso, a sua alma, a sua bunda?

O que pretende negociar?
A sua dignidade, os seus filhos, a sua esposa...?

Quer vender ou comprar?
Ou quem compra na verdade é quem sempre vende?
Convencer o mundo...
Ter para ser um isso

De segunda à sexta ou sábado
O Cosmo é a feira de nós mascates
Em mercantilismos do capeta lismo de nossas almas

Se tempo não tenho para o que gosto
É porque a prostituição o toma de mim
Se calo a voz que me xingo ao fio da pululação
É porque fui rápido em enganar-me

Se finjo gostar até gozar
É pra fazer sujeira sentindo-me límpido
Alcançando o prazer de ser bem vendido
E abandonar o bem sem se sentir vadio

Daniel Babugem

domingo, 28 de setembro de 2008

Eleições Municipais 2008



Porque votarei nulo!
Em primeiro lugar porque me acho muito bom.
Vejo-me no mínimo inteligente o bastante pra não confiar em gente que está babando pelo meu dinheiro de pagante de impostos.
Votar é dar a alguém o poder de nos representar gastando nosso suado dinheiro que vão para os cofres públicos e depois só Deus sabe...
Não quero meu dinheiro nos bolsos de tucanos, peemedebistas, petistas ou do caralho de asas que for! Não sou idiota por de ter nascido ontem!
Sou filho de político, meu pais foi vereador por mais de 12 anos e vi dentro de casa que a política convencional não é feita para o povo e sim para aristocracia.
VOTO NULO enquanto não tiver a oportunidade de votar em gente séria e inteligente; enquanto não pararem de usar a maquina administrativa para reeleições; enquanto houver campanhas milionárias e imagens forjadas por publicitários. O meu basta a politicagem dou agora: Voto consciente, não voto em candidato Blockbuster e se não achar nenhum digno de meu pequeno e honroso voto, ele então é NULO!

Daniel Babugem

sábado, 27 de setembro de 2008

Que dias são estes





Que dias são estes
Em que os poetas escrevem
Mas não se apaixonam?

Que canções tocam nos MP3s e celulares
Em ouvidos de almas que recusam sair da aridez
Dias que nos comunicamos de qualquer lugar
Com palmtop e celular
E a distância não pára de aumentar

Caminhando para longe de nós e dos outros
Calada está a vontade de pertencer a algo maior
Os profetas ainda comem mel nos desertos
Não há quem se vista destes tempos
Alguém que deixe ecoar um simples gemido de caridade e paz

Que dias são estes?
Eu gostaria de vive-los e interpreta-los
De teme-los assim como temo a mim
Negando o senso não temer por não conhecer
O tipo de coragem imbecil
Original da ignorância

Que dias são estes?
Dias como todos os outros
Universal à todas a civilizações
Em que a ausência do Amor
É nosso problema comum

Daniel Babugem